Este blogue não adoPta o novo acordo ortográfico.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

O grande objectivo

A principal meta do Kenpo Karate é desenvolver o autocontrole e a autoconfiança do praticante, gerando assim força interior e equilíbrio, aspectos que o acompanharão por toda a vida.
Pode ser praticado por homens e mulheres, independente de idade, peso ou altura, já que se adapta às características do indivíduo, potencializando as suas habilidades e trabalhando para melhorar as suas carências.
Os treinos são cooperativos, respeitando a individualidade de cada aluno e desenvolvendo não só o seu físico, mas também o seu espírito, caráter e disciplina.
Os movimentos são naturais e de fácil aprendizagem, seguindo sempre uma sequência lógica e enfatizando a defesa pessoal. A sua principal característica é um fluxo veloz e fulminante de golpes em pontos vitais do corpo, a fim de neutralizar rapidamente o agressor.
Com a prática do Kenpo, o aluno desenvolve:
- Habilidade para auto-defesa;
- Autocontrole e autoconfiança;
- Concentração e reflexos;
- Maior consciência corpórea e motora.

Kenpo, Breve história

A palavra Kenpo entrou no meu léxico há alguns meses através do infantário da minha princesa. A pequena que a início não parecia muito entusiasmada com a coisa passou a adorar, em particular o sifu, a partir da primeira aula. Eu achei extraordinário desde logo e tentei contagiar a princesa sem grandes resultados. Bem haja sifu Alcindo pelo esforço e paciência que tem com o meu rebento. 
Para aqueles que nunca, como eu, ouviram falar de uma arte denominada Kenpo, deixo aqui um breve resumo de uma história maior.
Com raízes que remontam a 520 DC, a arte do Kenpo teve a China como Berço. Segundo os registos Canónicos do Templo de Lo-Yang, Bodhidharma era um Monge sobre a tutelagem de Prajnatara. Consta, que com o aproximar da sua morte, Prajnatara mandou chamar Bodhidharma para que este viajasse até à China, onde os valores do Budismo estavam em declínio. Bodhidharma viajou então até à China. Após uma viagem difícil e dolorosa a sua chegada à China terá sido em 496 AC, ao mosteiro de Shaolin-sí. Aí deu a conhecer a sua crença religiosa (dhyana) baseada na meditação pura. A Bodhidharma é também dada a criação do sistema de defesa pessoal, sem armas, que acabaria por ser origem de todas as outras artes (18 Mãos de Lohan).
O Kempo é uma arte marcial única, representa a capacidade de adaptação ao meio e à situação envolvente. A originalidade e realismo das suas técnicas, combinadas com o treino mental, elevam o praticante da arte a uma perfeita harmonia entre o espírito, mente e corpo. O Caminho do Punho, como também é conhecido, deve a sua implementação no Ocidente ao Grande Mestre James Mitose, 21º descendente do fundador do sistema Kosho Shorei Ryu Kenpo (Arte do Velho Pinheiro).
Mas o Kenpo/Kempo teve a sua verdadeira projecção com um dos cintos negros do Mestre James Mitose, falamos de William Chow fundador do Kempo Chinês que acabou por se tornar uma lenda, e 19 anos após a sua morte, muitos são aqueles que ainda seguem os seus ensinamentos.

O Professor William Chow havia sido iniciado nas artes marciais ainda muito jovem, aprendendo com o seu pai, Hoon Chow, o sistema de Chuan-Fa da família. Hoon Chow era um Monge de Shaolin que havia emigrado para o Havai a fim de melhorar as condições de vida. Como filho mais velho, William, aprendeu da forma tradicional os ensinamentos de Shaolin e após muitos anos de prática, com o regresso do seu pai à China, juntou-se ao Mestre James Mitose.
Mas a união foi curta, William Chow fundou, então, o seu sistema "Chinese Kara-Ho Kempo Karate" em referência à combinação dos sistemas Japonês e Chinês. O Kara-Ho Kempo acabou por se tornar um famoso sistema de defesa pessoal, e durante as décadas de 50/60 muitos foram os artistas marciais que viajaram até ao Havai para treinar com o Professor William Chow, tenso tido como alunos mais graduados,Edmund Parker, criador do Kenpo Americano; Adriano Emperado, criador do Kajukenbo e Samuel Alama Kuoha, herdeiro escolhido pelo Professor Chow para dirigir o sistema Kara-Ho.
Muitos foram os que quer através dos ensinamentos de William Chow, quer através de James Mitose, continuaram a treinar Kenpo/Kempo e a desenvolver sistemas mais actuais e modernos de defesa pessoal. (daqui)

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Bolas floridas

Já tinha visto em muitas lojas de decoração e floristas umas esferas de margaridas. Eu não costumo, ou melhor, não gosto de flores artificiais, não sei são tão ... artificiais. Mas gostei destas bolas, que até são carotas. A última que me chamou custava 5 aéros. Vai daí que resolvi pôr mãos à obra e fazer eu mesma uma bola. Uma bola de esferovite por 0.70€ mais dois pés de margaridas artificiais por 3€.  Vou fazer vários tamanhos pois vai servir para decorar o espaço para a festa de aniversário da princesa.
Hei-de experimentar com rosas, também deve ficar um espanto. 
Podem ser usadas bolas pequenas para pendurar nas maçanetas das portas ou nos puxadores dos armários ou o que a imaginação ditar.

Bolas floridas


Material
  • Uma bola de esferovite
  • flores artificiais
  • Cola quente
  • Fita de seda
  • Tesoura

Como fazer

Cortar as flores com um bocadinho de pé.
Espetar as flores na bola de modo a ficar preenchida.
se se quiser pendurar basta colar a fita à bola com cola quente.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Artista de palmo e meio

A veia artística do meu príncipe deu nisto.


Claro que está por acabar, mas ele insiste em dizer que a obra está terminada. Artistas!
O papá foi o feliz contemplado com a obra.
Um presente maravilhoso.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Pesadelo em Portugal

Um artigo de opinião publicado no New York Times assinado pelo conhecido economista Paul Krugman.
Fica aqui um excerto apenas, se preferirem em português, a tradução, aqui

« (...) Não me venham dizer que Portugal seguiu más políticas no passado e que tem problemas estruturais profundos. Claro que tem, como todos os países têm. Mas mesmo que se possa dizer que a situação de Portugal é mais grave que a de outros países, como pode pensar-se que a forma para lidar com esses problemas reside em condenar um elevado número de trabalhadores disponíveis ao desemprego?

A resposta para o tipo de problemas que Portugal agora enfrenta, como já sabemos há muitas décadas, é uma política monetária e fiscal expansionista. Mas Portugal não pode adoptar essa política por conta própria, dado que já não dispõe de moeda própria. Ou seja, das duas uma: ou o euro deve acabar ou algo deve ser feito para que ele funcione. Porque aquilo a que estamos a assistir (e que os portugueses estão a experienciar) é inaceitável. (...)»
Paul Krugman

The New York Times, 27 de Maio de 2013

A vermelho e azul

Disposta a quase tudo para aprender o bordado regional de Viana até a ficar com dores nas cruzes por estar dobrada sobre o trabalho. Quem quer ... sujeita-se.
Este pano de tabuleiro resolvi fazer em azul e vermelho, tão típico destes bordados. Ainda falta bastante para terminar, mas deixo um leve perfume ...

Serenidade

Agora que ando a ter aulas de pintura deu-me para pintar quadros. Fartei-me depressa das caixas e caixinhas, se bem que me surgiram algumas ideias entretanto, mas tenho que encontrar as caixas certas, e virei-me para as telas. Uma casa que até então teve, durante anos, apenas um quadro pendurado na parede, não que os que já fiz tenham sido pendurados mas existe essa intenção, falta mandar fazer as molduras. Dizia eu que não havia quadros cá por casa, agora com esta so called veia artística que se abateu sobre mim, se é que lhe posso chamar artística, bem esta coisa, já fiz alguns quadros e tenho projectos específicos para algumas das divisões da casa. Este último vai para o meu hall de entrada. É assim ó modos que um tanto feng shui e eu adorei pintá-lo e adoro a serenidade que me transmite.
Já ao meu pequeno príncipe não agradou assim tanto, segundo ele, falta cor. O meu pequeno artista é assim, aliás ambos, quanto mais garrido e apelativo ... melhor.
Os crescidos deste humilde recanto gostaram e pronto.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Para agradar à pequenada

Cá por casa come-se bastante peixe, pelo menos eu tento. Nem sempre é possível, ou porque peixe cozido todos os dias é uma seca, ou porque falta isto ou aquilo e acabo sempre por fazer umas coisas mais ou menos estranhas. Gosto do tempo quente porque assim podemos grelhar peixe no carvão, muito apreciado por pequenos e graúdos. Mas São Pedro tem estado a fazer-se de difícil, e entre um ou outro dia que dá para grelhar a maioria das vezes não é possível. Seja porque o Chef da grelha não está ou porque há treinos disto ou daquilo ou porque o tempo também não ajuda. 
Descobri por acaso uma receita de peixe que os miúdos adoram, já o seu progenitor nem por isso!
É fácil, já usei filetes de pescada e filetes de solha congelada da iglo e fica bem bom.
Quanto ao molho costumo fazê-lo em casa, é um instante mas se preferirem podem usar de compra.

Filetes de peixe com banana

Ingredientes
  • 400 g de lombos ou filetes de peixe sem pele nem espinhas (solha, linguado, pescada, espada preto, etc)
  • sal e pimenta
  • farinha
  • sumo de limão
  • 2 a 3 dentes de alho
  • 2 ou 3 fatias de fiambre
  • azeite
  • 1 a 2 bananas
  • pão ralado
  • 300ml Molho béchamel

Preparação

Ligue o forno e regule-o para os 220°C.
Tempere os lombos de peixe com sal, pimenta, sumo de limão e os alhos esmagados. Passe-os por farinha, sacuda o excesso e aloure rapidamente o peixe de ambos os lados num pouco de azeite e coloque num tabuleiro de forno, (se o recipiente onde os alourou puder ir ao forno, não precisa de os mudar). Por cima disponha o fiambre seguido das bananas descascadas, abertas ao meio e cortadas ao mesmo comprimento do peixe. 
Regar com o molho béchamel.
Polvilhe abundantemente com pão ralado.
Enquanto o peixe está no forno aproveite para preparar o acompanhamento que pode ser massa, arroz ou batatas cozidas e claro, inclua também uma salada ou legumes cozidos. 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Simplesmente crepes

Está finalmente a aquecer. Temos primavera, finalmente.
Apetecia-me algo diferente e a minha princesa sugeriu, crepes, ela não se referia a estes, mas gostou da troca!
Ficam óptimos com quase todos os recheios e são fantásticos para aproveitar sobras. Normalmente faço ou de pescada ou de frango, a criançada tem alergia ao bacalhau. A foto é do livro de receitas da Vaqueiro, mas como habitualmente sempre que possível substituo a margarina por azeite, acho que é mais saudável, se estiver enganada paciência.

Crepes com dois recheios

Ingredientes

Para os crepes:
  • 100 g de farinha
  • 1,5 dl de leite
  • 1 ovo
  • 1 colher de margarina
  • sal
  • pimenta
  • noz moscada
  • 3 dl de molho branco
  • 40 g de queijo parmesão ou pão ralados

Para o recheio de bacalhau:
  • 300 g de bacalhau demolhado
  • 300 g de brócolos
  • sal
  • 1 cebola
  • 40 g de azeite
  • 1 colher de sopa rasa de farinha
  • 3 dl de leite
  • pimenta

Para o recheio de frango:
  • 1/2 frango cozido (sem pele)
  • 1 alho francês
  • 1 cenoura
  • 60 g de azeite
  • 1 colher de sopa de farinha
  • 3 dl de leite
  • sal
  • pimenta
  • noz moscada
  • 1 colher de sopa de coentros picados

Preparação

Com uma vara de arames, misture a farinha com o leite, o ovo e a margarina Vaqueiro, derretida. Temperar com sal e pimenta e mexa com uma vara de arames. Deixar a massa repousar 30 minutos. Cozer os crepes na frigideira em que derreteu a margarina, deitando aí uma colherada de massa e rodando a frigideira de modo a cobrir o fundo com uma fina camada. Volte o crepe e deixe cozer do outro lado. Repita até esgotar a massa. Distribua o recheio escolhido pelos crepes, enrole ou dobre em quatro e coloque sobre um tabuleiro untado com azeite. Deite o molho sobre os crepes recheados, polvilhe com o queijo parmesão ou com pão ralado e leve a gratinar no forno.

Recheio de bacalhau:
Coza o bacalhau em água a ferver durante 10 minutos. Escorra, reserve a água, tire a pele e as espinhas ao bacalhau e desfie-o. Coza os brócolos, em raminhos, em água temperada com sal, escorra e reserve. Leve a cebola, descascada e picada, ao lume com o azeite até estar translúcida. Junte o bacalhau e os brócolos, mexa, polvilhe com a farinha e regue com o leite e 1,5 dl do caldo do bacalhau. Tempere com sal e pimenta, misture bem e deixe engrossar, mexendo.

Recheio de frango:
Desosse e desfie o frango. Corte o alho francês em rodelas, lave e escorra bem, pele a cenoura e rale-a em juliana. Leve os legumes a lume brando com o azeite e deixe estufar. Junte o frango, polvilhe com a farinha e regue com o leite. Tempere com sal, pimenta e noz moscada e deixe engrossar, mexendo. Junte os coentros picados. 

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Molusco contagioso

Numa consulta de rotina do meu príncipe na pediatra dos meus pequenos mencionei a existência de umas bolinhas no braço da princesa. Como normalmente não leve ambos à consulta, e neste dia era "A consulta" dele, ela ficou na escolinha. Vai daí a Dra foi peremptória em dizer "Ah é molusco, traga-a para a semana para eu a ver". Pois, mas como não me aguentei em esperar por uma confirmação fiz uma pesquisa e descobri que é muito frequente sobretudo em crianças. Fiquei mais descansada, lá isso fiquei.

Aqui fica alguma informação sobre o assunto.

O molusco contagioso é uma doença dermatológica causada pelo vírus do molusco. Caracteriza-se por tumores cutâneos claros que surgem na pele. É comum em crianças dos 0 aos 12 anos de idade, embora também aconteça em adultos, podendo, em alguns casos, ser considerada uma doença sexualmente transmissível (DST). (daqui)

O homem é o único reservatório deste vírus e o período de incubação varia de 2 semanas a 3 meses após contaminação, mas poderá demorar até 6 meses. Este prolongado período de incubação torna difícil saber qual foi a fonte da infecção. 
A infecção de molusco contagioso não é um perigo de saúde, mas deverá desaparecer no período entre os 12 e os 18 meses. O molusco contagioso é contagioso até que o molusco tenha desaparecido. Esta doença de evolução benigna é geralmente auto-limitada, verificando-se a resolução espontânea em alguns meses ou anos. Tem uma distribuição mundial e afecta igualmente ambos os sexos. Indivíduos imunodeprimidos ou com dermatite atópica apresentam maior severidade e duração da doença. 

Não existe qualquer tratamento sistémico (via oral ou injectável) que possa destruir ou fazer secar as lesões. Assim, apenas se poderão fazer tratamentos tópicos (isto é, por aplicação directa na lesão) e dirigido para cada uma das lesões.
Estes tratamentos tópicos são de dois tipos: físicos (curetagem e aplicação de azoto líquido) e químicos (de ácido salicílico e ácido láctico). Mais recentemente foram propostos tratamentos com pasta de nitrato de prata a 40%, ou com o lápis de nitrato de prata, ou com hidróxido de potássio a 5%. (daqui)

terça-feira, 21 de maio de 2013

Estreia no Canal Q

O debate político sem moderadores, parece-me bem. Espero que não se fiquem pelo sexo dos anjos e blá blá blás. Gostava de ver, mas a hora é imprópria para mim. Deixo no entanto aqui a sugestão para os que puderem e quiserem. Para os não clientes podem sempre ver no site oficial

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Co-adopção

Muita tinta tem corrida, uns contra outros a favor, da co-adopção de crianças por casais homossexuais.
Para mim trata-se de algo natural, normal, uma criança precisa de amor e carinho, de um lar de atenção e não creio que seja isso que tem quando está numa instituição. Por isso só peço que os falsos moralistas se deixem de tretas e deixem as crianças terem o que realmente merecem, amor, carinho, respeito, atenção um lar só seu. Não interessa se isso lhes é dado por dois pais, duas mães ou um pai e uma mãe, o que realmente interessa é que sejam felizes.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Sublime delícia

Muita chuva e frio para o fim de semana e é necessário levantar o moral com algo sublime. Eu sei que estou de dieta e estou a esforçar-me, mas isso não quer dizer que não possa partilhar uma receitinha gulosa. De vez em quando também pode ser, com parcimónia está claro! 
Comi esta sobremesa deliciosa pela primeira vez quando estive numa formação em terras de sua majestade e fiquei rendida a esta bomba calórica.

Banoffee pie


Ingredientes da massa:
  • 200g de bolachas digestivas
  • 100g de manteiga derretida
  • 1 colher de farinha de trigo
  • 1 pitada de canela (opcional)

Ingredientes do recheio:
  • 3 bananas maduras, fatiadas;
  • 3 colheres de sopa de sumo de limão
  • 1 lata de leite condensado cozido
  • 1 chávena de natas
  • 3 colheres de sopa de açúcar
  • canela para polvilhar ou chocolate

Preparação da massa:

Pré aquecer o forno a 180ºC.
Triturar a bolacha e despejar numa uma tigela. Adicionar a manteiga e a farinha, e misturar bem.
Forrar o fundo de uma tarteira com a massa de bolacha pressionando com as costas de uma colher.
Levar ao forno por 15 minutos.
Deixe arrefecer completamente.

Preparação do recheio:

Fatiar as bananas para uma tigela, adicionar o sumo de limão e misturar delicadamente. Reservar.
Rechear a massa com o leite condensado cozido, e distribuir as fatias de banana por cima. 
Bata as natas com o açúcar até que fiquem bem firmes. Espalhar as natas sobre as bananas e polvilhar com canela.
Servir bem fria..

Gostei



A pintar desde Outubro de 2012

E não sei até quando. A febre da pintura ainda dura, oh se dura. Estou a gostar deveras da ideia de poder pintar quadros para colocar em casa. Nunca fui muito dada a essas cenas de arte, simplesmente não me entusiasmava, mas agora que comecei a aprender a pintar, ena, afinal o meu bichinho artístico estava adormecido. Gosto de pintar, adoro, apesar de ainda ter muito que aprender as aulas de pintura estão a produzir frutos, já pintei três quadros e comecei um quarto para colocar no hall de entrada e tenho projecto para mais três, estes últimos serão a minha primeira incursão no óleo. Vamos lá ver no que vai dar. 

Projectos escolares

A professora do meu pequeno príncipe tem por hábito enviar de vez em quando, trabalhos extra, uma espécie de projectos a desenvolver durante um mês mais coisa menos coisa e que, findo esse período, são apresentados à turma. O problema do meu pequeno príncipe é que ele acha que um mês é muito tempo, e que não precisa de se preocupar em realizar os tais projectos logo logo, pode sempre deixar para a véspera. Esta mãe decidida a manter o pimpolho na linha tem andado mais ou menos em cima do acontecimento, vou perguntando como está a correr e se precisa de ajuda e relembrando o tempo que falta para estar concluído. 
Este ano lectivo já houve umas quantas pesquisas de temas variados, desde a história da localidade onde vivemos, e confesso que aprendi umas coisas, até ao 25 de Abril. Houve projectos manuais, que envolveram a reutilização de materiais e o último, sem dúvida o meu favorito, que tinha a ver com ciências. Neste último a professora deu umas duas ou três opções de escolha e que incluía uma "experiência". Ora este meu filhote, que tem pouca paciência para estas coisas de projectos escolheu o mais fácil, o vulcão. Mais fácil porque se lembrou que tinha um kit de experiências que lhe permitia aligeirar em muito todo o trabalho de pesquisa e preparação. 
Fizemos um ensaio em casa para ver como corria e explicar como fazer e este filho meu levou kit e ingredientes para a escola. E sim, os colegas adoraram, foi o êxtase, aplaudido entusiasticamente pelos colegas de turma foi considerada a melhor apresentação. Fiquei com um orgulho desmedido, quando o meu pequeno chegou a casa e disse que todos adoraram a apresentação dele, mas que ele achou que o que um amigo tinha feito muito melhor, um livro todo construído com material reciclado, escrito pelo próprio. Fiquei orgulhosa porque no alto dos seus 8 anos ele teve o discernimento de perceber que o outro tinha tido muito mais trabalho e empenho. 
O kit de que falei traz três experiências diferentes e existem outros kits igualmente interessantes. São óptimos para colocar o bichinho da ciência nos mais pequenos. Se bem que a princesa não se entusiasmou nem um bocadinho com a coisa. Deve ser da idade.
Podem ser comprados aqui e presumo que na toys'r'us.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Sacana

É a casa do vizinho que está a arder e não a minha por isso não há problema. Isto é egoísmo puro. Que raio de gente é esta que nos (des)governa? Não interessam os outros? Se os filhos dos vizinhos passam fome e os meus não, já não importa?

« Passos diz que as novas medidas não se aplicam "à generalidade" dos cidadãos.

O apelo ao egoísmo no seu estado mais puro. Olhem para o lado, relaxem, não estamos a ir atrás de vocês. É melhor fecharem os olhos, porque o que vamos fazer àqueles, uma pequenina minoria insignificante de "sanguessugas", não vai ser bonito. Variantes deste mesmo discurso já foram ouvidas muitas vezes ao longo da História, e os resultados falam por si.»

daqui

A lucidez ...

... de um português que ao fazer-nos rir nos põe a pensar em coisas sérias. Ricardo Araújo Pereira, inigualável, como sempre.

«Notas para a recordação do meu mestre Portas

Passos Coelho realizou o sonho de Sá Carneiro acrescido de um inesperado brinde: a direita tem uma maioria, um Governo, um Presidente e um líder da oposição. Esta proeza política só é possível graças a uma espécie de enfermidade ideológica. O Governo, como Fernando Pessoa, é histero-neurasténico. O resultado é a heteronímia política a que assistimos esta semana. Há o Governo das sextas-feiras, que é comportado e temente à troika, e que se propõe aprofundar a austeridade; e há o Governo dos domingos, que é insurrecto, despreza a troika e traça limites que a austeridade não pode ultrapassar. Havia saldos nas urnas, nas eleições de 2011, e eu não percebi. Vote num e leve dois. Dois governos pelo preço de um. Por mim, acho óptimo. Quantos mais governos elegermos, mais hipóteses temos de acertar num que seja bom. Dois ainda é pouco, claramente.
Agora estou curioso para saber o que o Governo das sextas-feiras irá dizer da posição tomada pelo Governo dos domingos. É um diálogo do Governo consigo mesmo que traz uma boa notícia e uma má notícia - e ainda uma excelente notícia: a boa é que, como pediu Cavaco, existe cada vez mais consenso entre parte do Governo e a oposição; a má é que existe cada vez menos consenso entre parte do Governo e a outra parte do Governo: a excelente é que a falta de consenso não põe em causa a colaboração com o Governo. Paulo Portas não concorda com quase nada do que o Governo faz, mas isso não o impede de comparecer no Conselho de Ministros. O consenso tem sido muito sobrevalorizado. O País não precisa dele para nada.
Infelizmente, não votei em nenhum destes governos conflituantes, mas aprecio o esforço de Paulo Portas, que parece ser o único interessado em combater o desemprego. É certo que o desemprego que ele se empenha em combater é o seu, mas tem de se começar por algum lado. A posição de Paulo Portas é suficientemente ambígua para que esteja apto a coligar-se com o PSD ou o PS. Em caso de queda do Governo, não ficará desempregado. É a vantagem da democracia-cristã. Mistura o principal ensinamento do cristianismo ("ama o próximo como a ti mesmo") com as contingências da alternância democrática. O resultado é: ama o próximo Governo como a ti mesmo. O CDS está sempre disponível para amar o próximo Governo.»

daqui

Jardim

Quem diz que não é possível ter um jardim em qualquer sítio.
Adorei a ideia do jardim em tijolos, lindo para além de prático.
Porque não usar este sistema para plantar algumas ervas aromáticas!

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Saquinhos de pot-pourri

Estes saquinhos de cheiro foram oferecidos aos convidados na Primeira Comunhão do meu filhote.
São muito simples e fáceis de fazer. Usei bocados de linho que tinha em casa mas pode usar-se outro tecido. Também já os fiz em meio linho (50% algodão e 50% linho) e ficam igualmente bem. 
Optei por usar a linha em cor cru porque gosto mais, mas ficam lindos em qualquer cor.
Gostei tanto destes saquinhos que resolvi fazer mais para perfumar as gavetas cá de casa. Tenho que arranjar motivos diferentes e desta vez optei pelo meio linho. Se quiserem fazer o crivo no coração escolham o linho para bordar, é muito mais fácil tirar os fios.

A reforma do estado para quê?

Publico muitas vezes artigos do Daniel Oliveira, porque ao lê-los revejo-me no que escreve e concordo com muito do que diz. Este que se segue não é excepção e como sempre chama a atenção do leitor que se quer que alguma coisa mude temos que fazer por isso. Eu acredito num estado social assim, e acredito que é possível.

por Daniel Oliveira

A "reforma do Estado", assim como as "reformas estruturais", são excelentes expressões para políticos, jornalistas e comentadores. Têm a vantagem de, parecendo querer dizer qualquer coisa, toda a gente concordar, à partida, com elas.Quem não quer a reforma do Estado? Quem se opõe a reformas estruturais?

Eu, por exemplo, defendo uma reforma do Estado que aprofunde o Estado Social, generalize ainda mais a escola pública e o Serviço Nacional de Saúde. Porque é o mais justo e, se só esta linguagem hoje pode ser compreendida, porque só uma população qualificada e saudável pode produzir de forma competitiva, fazendo crescer a economia de forma a continuar a pagar a sua qualificação e a sua saúde, numa espiral de desenvolvimento. Os factos mostram que a economia das sociedades menos desiguais cresce de forma mais sustentada (…)

Quero reformas estruturais e políticas que garantam a separação entre interesses privados e o interesse público, acabando com a promiscuidade entre os grupos financeiros e os dinheiros do Estado, que suga os parcos recursos dos contribuintes. Quero que o Estado retome o controlo sobre a distribuição de energia, um dos principais factores de estrangulamento da nossa produção industrial. Que mantenha o controlo sobre a distribuição de água e os transportes públicos. Que recuse a privatização de serviços públicos e de monopólios naturais, que resultam em rendas insustentáveis pagas pelos consumidores. Que não seja um mero fiador da banca e exija, em troca, que esta cumpra as suas funções. Que dê ao seu banco público uma função central no financiamento da economia. Que dê aos reguladoresmuitíssimo mais poder, retirando-o das mãos dos regulados. Que desenvolva uma política fiscal mais progressiva, conseguindo assim mais receitas sem esmagar a classe média. Que recupere o controlo das políticas monetárias.

Não me parece que ideólogos deste governo subscrevam a reforma do Estado e maioria das reformas estruturais que defendo. Seria, por isso, avisado parar de usar estas duas expressões como se fossem, por si só, um programa político.

Qualquer reforma do Estado passa, antes de tudo, por este debate político: que funções queremos para o Estado? Um Serviço Nacional de Saúde universal e gratuito para todos ou apenas para os pobres, deixando a vida dos restantes entregues ao mercado? Uma Escola Pública interclassista ou apenas para quem não consiga pagar escolas privadas, desistindo do combate pela igualdade de oportunidades? Uma segurança social digna de um Estado Providência ou a velhice entregue à volatilidade dos Fundos de Pensões? Um Estado Social ou um Estado que garante apenas as funções de soberania? Estado na economia ou o mercado em rédea solta? Acreditamos que cabe ao Estado redistribuir riqueza e serviços ou que o mérito e a concorrência chegarão para garantir a prosperidade de todos?

Este debate tem de ser feito por nós, como comunidade. (…)  É uma escolha política. E, em democracia, a política é feita pelos cidadãos. (…)

(…) Porque a pergunta a responder é sempre esta :reformar o Estado para ele fazer o quê? Sabendo que esta decisão determinará o tipo de desenvolvimento teremos. (…)

Chegados a alguma conclusão em relação ao modelo que queremos seguir, olhamos para o Estado que temos e decidimos que medidas devemos  tomar para que ele esteja adequado ao que o País, como um todo, pretende dele. Depois de clarificarmos como devemos organizar o Estado, olhamos para os recursos do Estado e para os recursos da economia e percebemos como pode ele ser pago. (…)

O que o governo nos vem dizer é isto: para começar, vamos cortar de 4 a 6 mil milhões. E vamos cortá-los essencialmente nas funções sociais do Estado (que, para quem não saiba, não se cumprem sem funcionários públicos, professores, médicos, enfermeiros, técnicos, fiscais). E depois convoca os parceiros sociais e os partidos para fazerem propostas alternativas dentro da sua própria lógica.

Não há aqui nenhuma reforma do Estado e disto não pode nascer qualquer negociação séria. (…)  Sem que nenhum debate político seja feito pela comunidade sobre uma escolha que marcará a vida dos nossos filhos, netos e bisnetos. 

Só ficando assente que não estamos perante uma reforma do Estado, nem perante reformas estruturais, mas apenas perante mais um pacote de austeridade que tem nas funções sociais do Estado e em quem delas depende as suas principais vítimas, podemos ter uma conversa séria sobre as medidas de Passos Coelho.

Restam, assim, dois argumentos possíveis para defender esta loucura: ela é a única forma de endireitarmos as contas públicas e pormos fim à espiral de endividamento; ou apenas precisamos disto para nos vermos livres da troika e regressarmos aos mercados.
(…)
Resumindo: se eu a pago pela escola e pelo SNS perco rendimento. Se o Estado reduz as reformas tira rendimento aos reformados. Perder rendimento por via da contração do Estado Social ou do aumento de impostos tem o mesmo efeito na carteira das pessoas e, por isso, no conjunto da economia. Se o Estado, ainda por cima, faz as duas coisas em simultâneo, asfixia os cidadãos.
(…)
Sim, o debate sobre o que queremos do Estado e, por essa via, em que sociedade queremos viver, é mesmo o mais importante. E, ao contrário do que pensa o Presidente, este debate é, sempre foi, sobre o Portugal pós-troika. Só que ele está a fazer-se agora, com as medidas que estão a ser tomadas. Quem tenta mostrar que este caminho é um suicídio está mais preocupado com o futuro do que com o presente. Quem corta a eito e esmaga o País com a austeridade para cumprir metas e ver avaliações da troika resolvidas é que só pensa no presente.

Se assentarmos que queremos mesmo defender o Estado Social, mudando o que tem de ser mudado (diversificando as fontes de financiamento da segurança social, combatendo a crise demográfica, fazendo da criação de emprego o principal objetivo da nossa política económica, expurgando do sistema, com tempo e de forma planeada, desperdícios e incongruências), teremos de concluir que a nossa recuperação económica não se fará às custas da sua destruição. (…)

Continuar a impor a retórica da inevitabilidade é recusar o debate político. (…)

Para que não fique aqui a ideia de que sou ingénuo: há quem, no governo, saiba muito bem o que quer. E que esteja mesmo a preparar uma reforma do Estado. Que passa, no essencial, pela destruição das suas funções sociais. Tem o direito de acreditar que esse é o melhor caminho para a prosperidade do País. Não tem é o direito de se esconder em falsas inevitabilidades para o impor. Diga-as de forma explicita e tente conquistar a maioria social que evidentemente lhe falta. A isso, e não à chantagem, se chama democracia.»

terça-feira, 14 de maio de 2013

Política dos três R´s

Reutilizar, reaproveitar e reciclar. Aqui fica uma ideia gira para aproveitar bocados de feltro. A almofada está um doce e esta técnica pode ser usada em diversas coisas. Não fiz exactamente como está na imagem, cortei círculos que colei, outra opção é cortar círculos de feltro e enche-los um pouco com enchimento para almofadas. Ficam lindas. É só deixar a imaginação voar.

ww.solidarium.net/produto/almofadas-colecao-arborecer-das-catarinas-

Acabar de vez com uma mentira

Alexandre Homem de Cristo, porta voz do CDS-PP, especialista em educação, blogger do Insurgente, desmente e denuncia a manipulação feita por Marques Mendes à duas semanas quanto aos números de professores. E a pergunta que se coloca é ele há realmente professores a mais?

«1. Naturalmente, as corporações, os sindicatos e os partidos da extrema-esquerda acreditam que não - o que há é professores a menos. É uma posição preconceituosa e, para além de fazer agitar bandeiras, de nada serve. Mas, não sejamos ingénuos, também há, na posição oposta, muito de preconceito. E se à esquerda estamos habituados a um certo alheamento face aos factos, à direita esse mesmo alheamento não pode ser consentido.



A recente intervenção de Marques Mendes sobre o assunto é disso exemplar. Recorrendo a um conjunto de dados estatísticos, Marques Mendes verificou que o número de professores duplicou entre 1980-2010 e que, no mesmo período, o número de alunos matriculados no 1.o ciclo do ensino básico caiu para metade. Verificando esse contra ciclo, concluiu que há professores a mais no sistema. O seu raciocínio está errado.

Não se pode comparar o sistema educativo português em 1980 com o de 2010. É que, entretanto, houve dois alargamentos da escolaridade obrigatória. Não é coisa pouca. Em 1986, a escolaridade mínima obrigatória passou para o 9.o ano e, mais recentemente, passou para o 12.o ano (18 anos). As implicações são tremendas. Desde logo, os alunos passam mais anos a estudar, e em ciclos de estudos diferentes, pelo que é normal que sejam necessários mais professores nos ciclos que, antes do alargamento da escolaridade, a maioria dos alunos não frequentava. Depois, a partir do 2.o ciclo do ensino básico, os alunos passam a ter vários professores (um por disciplina), o que faz naturalmente aumentar o número de professores.

Ainda não é legítimo comparar o número de alunos do 1.o ciclo com o número total de professores no sistema educativo. Não se pode comparar uma parte com o todo. Entre 1980-2010, no 1.o ciclo, é certo que diminuiu o número de alunos mas, se olharmos para o número de professores nesse ciclo, notamos que também diminuiu em 19%. Convenhamos que é muito diferente de um aumento de 50%.
O exercício não é inédito. Mas, feito por um dos principais líderes de opinião, o facto assume particular gravidade, pela legitimidade que atribui a esta argumentação errónea. E, claro, pelo potencial de influência que o ex-líder do PSD tem nos corredores do poder.

2. Foquemo-nos no que realmente importa: há professores a mais no sistema educativo? É verdade que o sistema educativo viveu muitos anos num desfasamento, não fazendo corresponder a queda do número de alunos com a evolução do número de professores. Mas é também claro que esse desfasamento tem vindo a ser corrigido.

Primeiro, há cada vez menos professores nos quadros. No ano lectivo 2007/2008, no ensino básico e secundário, havia 110 mil, enquanto no ano lectivo 2010/2011 já só havia 96 mil (fonte: DGEEC). Em apenas 3 anos, diminuiu em 14 mil (13%), sobretudo devido a aposentações. De resto, entre funcionários e professores do quadro, a corrida às aposentações tem sido uma realidade desde 2006: aposentaram-se quase 28 mil no Ministério da Educação, entre 2006-2013 (fonte: “Diário da República”), e só para este ano estão ainda 6 mil em lista de espera para a reforma.

Segundo, há cada vez menos professores contratados. É sabido, pois foi amplamente mediatizado, que o início do ano lectivo ficou marcado por uma acentuada diminuição do número de professores contratados. Não há ainda dados oficiais. Mas na Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP, 13 Fevereiro 2013) é possível observar, entre Dezembro de 2011 e Dezembro de 2012, uma queda abrupta de funcionários no Ministério da Educação. Ou seja, num ano apenas, saíram 15 475 funcionários (a esmagadora maioria são professores contratados). A expectativa é de que a tendência se mantenha.

Assim, somando os referidos dados, é inevitável constatar que o ajustamento está a ser feito. Mantendo o rumo, o desequilíbrio do sistema educativo ficará resolvido. Havia professores a mais. Está a deixar de haver. Abandone-se, portanto, essa retórica.

3. Daqui surgem duas conclusões. A primeira, óbvia, é que continuar a diminuir o número de professores, como se nada tivesse acontecido desde 2011, é um erro que pode pôr em causa o funcionamento do sistema educativo. A segunda é que, com o ajustamento em curso, a pergunta que importa passa a ser outra: como agilizar os sistemas de contratação e de colocação de professores, para evitar os horários zero (e consequente mobilidade especial)? O desafio está em flexibilizar o sistema, para que um professor que faz falta numa escola não fique preso a uma outra onde não faz falta. Há muitos caminhos para o fazer – preparar o futuro passa por discuti-los.»




segunda-feira, 13 de maio de 2013

Pela minha saúde

Finalmente o bom tempo, sol e calor, as T-shirts de volta e mais pele à mostra e mais uns extras adquiridos ao longo das almoçaradas e bolos e bolinhos. Pois é, eu estou um pouco anafada. Não é só pelo facto de haver uma montanha de roupa que já não serve é também a tensão e o colesterol altos comó caraças, e esta mãe quer ver os filhos crescer e atingir a idade adulta sem ser atingida por um AVC ou um enfarte.  E já agora os meus netos também e quero gozar a minha reforma, se o Gaspar deixar. Assim sendo, vou entrar em dieta, e vai ser tão, mas tãaaooo difíiiiicil. Eu sei o que tenho de fazer, falta-me a vontade férrea. Biaman também está decidido a entrar em dieta, vamos esperar que o bom tempo continue para passar dos assados e tartes e crepes e estufados e partir para o belo do peixe grelhado com muitas saladas. E quem sabe um pouco mais de exercício. Se eu fosse bem abonada financeiramente contratava um personal trainer para dar uma ajudinha, assim sendo vou ter mesmo que me motivar euzinha e não desistir.

Para petiscar

A preparação da comunhão do meu príncipe deu-me informação para escrever uns tantos posts. Já falei das entradas, que eu adoro,e dos dois patês que fiz, o de atum e o de delícias do mar, mas estas não ficam por aqui. Qual é o Tuga que não gosta da bela da chouriça assada e da broa de milho? Eu não conheço nenhum, mas deverá haver um ou outro acredito.
Outra entrada de sucesso é a chouriça assada com broa de milho.
Convém que a chouriça seja assada em água ardente, fica mais saborosa. A chouriça da Casa da Prisca fica mui boa.
E pronto aqui estão uns ingredientes simples para petiscar com os amigos.




sexta-feira, 10 de maio de 2013

Um Mar a pedido

O meu pequeno príncipe andava desejoso que a mamã lhe pintasse um quadro para o quarto. Até o papá já tinha tido direito a um para o escritório e ele, pobre criança, nada. Finalmente fiz-lhe a vontade, este é o resultado. Ele adorou, era mesmo o que ele queria, mar e um barco. Esta mãe conhece os seus rebentos. Ficou lindo.

Exames do primeiro ciclo

Sobre os exames da 4ªa classe, acho-os descabidos, a avaliação deve ser contínua. Coloca uma pressão desnecessária nas crianças, não ajuda à sua progressão. Eu tenho um exemplo em casa, ainda não está no 4º ano mas no 3º e já aprendeu coisas que eu aprendi muito mais tarde no meu percurso escolar, tem uma capacidade de raciocínio fantástica, o novo programa de matemática é realmente extraordinário. Eles realmente aprendem comoracicionar. Acredito que se tivesse começado assim teria sido melhor aluna a esta disciplina, teria uma forma de racicionar e pensar bem diferente, mais ágil. Concordo quando o Daniel diz que a inteligência também se treina.
Daniel Oliveira escreveu um artigo bastante claro sobre esta aberração que são os exames do 4º ano. Deixo aqui algumas partes que acho importantes realçar.


Desde que a humanidade existe que todas as gerações se convencem que as gerações que lhes seguem são menos civilizadas, menos disciplinadas, menos educadas, mais ignorantes e menos preparadas do que a sua. Apesar da evidência de que, regra geral, a humanidade não regride, mas evolui, esta é talvez a única coisa que os homens não aprendem. Porque aprender isto implicaria uma dose insuportável de humildade: a de que os nossos filhos sabem e saberão mais do que nós.

Não vou aqui perder muito tempo a escrever sobre os exames do 4º ano. É uma conversa de surdos. (...) Se eu der o exemplo da Finlândia, onde não há retenção de alunos e só há um exame nacional no fim do ensino secundário, tendo, no entanto, segundo os dados do PISA, um dos melhores sistemas de ensino público do Mundo, dirão que somos culturalmente diferentes.

Fico-me então pela fantasiosa memória que as pessoas têm da sua escola. A escola de que tantos sentem saudades exercitava a memória. Não a desprezo. Mas não chega. (...) Não chega num tempo em que tudo muda demasiado depressa e aprender coisas novas toda a vida é o que se exige a todos. Não chega quando a maioria da população se prepara para graus académicos mais exigentes.

A escola ensinava a ler, escrever e contar. Sem saber ler, escrever e fazer contas não se faz grande coisa. Mas saber ler também é perceber o que se lê. Saber escrever não é apenas não dar erros. Quem pensa mal escreve mal. Saber fazer contas é perceber o processo que leva a um resultado. Para fazer trocos bastava o que se aprendia. Para exercitar a capacidade de abstração e apurar o sentido lógico não. E ensinava a obedecer. E é isso que explica que haja tanto patrão que ainda julga que não paga ao seus funcionário para pensar e tanto funcionário que acha que só está ali para cumprir ordens.

Mas mesmo na complexidade das matérias lecionadas a escola era medíocre. Faço um desafio: ponham os miúdos do 4º ano a fazer os antigos exames. Ponham adultos que tenham apenas a 4ª classe (e que têm a vantagem de terem aprendido mais algumas coisas depois da escola) a fazer os atuais exames. É provável que tenham surpresas. Porque o que se aprende hoje nos primeiros anos de escola é muito mais complexo e difícil do que o que se aprendia antes. Porque memorizar, sendo importante, qualquer pessoa medianamente capaz consegue fazer. Raciocinar, criar e interpretar exige capacidades intelectuais bem mais sofisticadas. Mas custa confessar: somos, porque fomos preparados para o ser, menos inteligentes (sim, a inteligência exercita-se) do que os nossos filhos.

(...) A escola é hoje menos autoritária, mas mais exigente do que era. É por isso (e porque a quantidade ajuda à qualidade) que os funcionários públicos são melhores do que eram, os polícias são melhores do que eram, os cientistas são melhores do que eram, as universidades são melhores do que eram e os cidadãos são melhores do que eram.

As crianças estavam, dirão, mais preparadas para a vida. O próprio ministro diz que estes exames ajudam a aprender a lidar com a ansiedade com que estas crianças viverão na vida adulta. Ajudam? Quantas vezes, depois da escola, o leitor teve de se sentar numa secretária e debitar, por escrito, tudo o que sabia sobre um determinado assunto? Pelo contrário, quantas vezes se sentiu ansioso por ter de falar em público? Por ter de expressar uma ideia mais complicada? Por ter de argumentar? Por ter de negociar? Por ter de criar uma coisa realmente nova? Por ter de aprender a usar uma nova tecnologia? Por ter de mudar hábitos de trabalho? Por ter de interpretar um poema, um artigo de jornal, um impresso das finanças, um manual de instruções?

A velha (e ainda a atual) escola preparou toda a gente para decorar matéria, despejá-la para o papel em 50 minutos e depois esquecer. Não preparou quase ninguém para todas as coisas realmente necessárias na sua vida e na profissão. Porquê? Porque a escola preparava cidadãos acríticos, trabalhadores braçais que apenas tinham de repetir para o resto da vida o que lhes era ensinado e gente que não saísse da norma. Não preparava cidadãos exigentes, profissionais qualificados e uma geração que conseguisse inovar.

(...) Mais: olhamos hoje para um miúdo de 9 anos de uma forma completamente diferente do que olhávamos há 50 anos. Achamos que não deve trabalhar, recusamos a violência física sobre ele, achamos que, sendo a disciplina importante, não chega para formar uma pessoa decente. Há quem tenha saudades doutros tempos? Não vejo como ter saudades de um país servil, atrasado e ignorante.

(...) Crato está, aos poucos, a destruir quase tudo o que de bom foi feito: o horário completo, a importância das disciplinas mais criativas, o uso de novas tecnologias, o programa de matemática que melhores resultados conseguiu. (...) Qualquer pessoa consegue chumbar um mau aluno. Difícil mesmo é criar condições para ensinar quem não consegue aprender.

Não vejo, de muitos professores, a revolta que sentiram com a atabalhoada avaliação que a antiga ministra lhes quis impor. Se fosse demagógico diria que avaliar os outros é sinal de exigência, mas sermos avaliados é uma chatice. (...)

A escola dos exames e dos rankins, a escola que Nuno Crato diz ser exigente, é a mais facilitista de todas as escolas. Massacra crianças com avaliações sucessivas. Não exige nada dela própria. Mas é, acima de tudo, um projeto social com contornos ideológicos bem definidos. A escola democrática ensina a questionar. A escola de uma sociedade que combate a desigualdade aplica-se nos que têm mais dificuldades. A escola de Crato ensina a decorar sem questionar e tem como principal função selecionar. Não, não é de educação e de ensino que tenho estado a falar. É do país que estamos, aos poucos, a recriar.»

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Combinação perfeita

Há uns anos atrás descobri umas bolachas de nome peculiar, bolachas de Araruta. Eram mencionadas como acompanhamento de patê de atum. São carotas, mas a combinação é perfeita. Na comunhão do meu pequeno fiz como entrada patê de atum, que normalmente faz as delícias dos mais pequenos. Desta vez, servi-o com as ditas bolachas em vez das tostas minigrill, assim pró fino e requintado e acima de tudo delicioso. As bolachas são óptimas, com ou sem patê!

Agora um pouco de informação sobre a Araruta directamente da wiki.

A araruta é uma planta originária das regiões tropicais da América do Sul. Estudos arqueológicos mostram evidências do cultivo da araruta nas Américas há, pelo menos, 7000 anos.
Segundo a sabedoria popular, a araruta tem vários usos medicinais, mas é na culinária que o uso desta planta se destaca, recomendada para pessoas com restrições alimentares ao glutén (doença celíaca). Considerada como alimento de fácil digestão, a fécula da araruta é usada na preparação de mingaus, bolos e biscoitos. Por isso , é indicada para idosos, crianças pequenas e pessoas com debilidade física ou doentes em recuperação. Também se pode produzir papel com a araruta. 

Patê de atum

Ingredientes
  • 2 latas de atum de boa qualidade
  • 1 ovo cozido picado
  • 1 colher de sopa de Ketchup
  • Maionese Calvé q.b
  • Salsa picada
  • Cebola picada finamente
Preparação

Escorrer o atum e desfazer o atum com um garfo. 
Adicionar a cebola, o ovo e a salsa e misturar bem.
Por fim colocar a maionese e o ketchup e misturar bem.
Pode decorar-se com umas folhinhas de salsa e acompanha com bolachas de araruta.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Entradas

O almoço de comemoração da primeira comunhão do meu pequeno príncipe foi em casa. Ainda consideramos a hipótese de ir para um restaurante mas tendo em conta que era o dia da mãe e a comunhão de 85 crianças, acabamos por descartar a hipótese. Todos nós sabemos que no meio de muita confusão o serviço tende a ficar desleixado, e como éramos pouco mais de uma dúzia em casa estaríamos mais à vontade. E assim foi. Correu tudo lindamente, sobretudo graças à grande, enooorme ajuda da avó e mãe querida. Um assado é algo que cai sempre bem, não precisa de muita atenção e deixa algum tempo livre. Mas para além do prato principal o que eu gosto mesmo é das entradas. Gosto daquele início de refeição em que atrelado a uns aperitivos se petiscam umas coisas saborosas. 
Um simples requeijão com doce de abóbora já me alegra mas adoro patê de atum ou delícias do mar.
Uma das entradas de maior sucesso foi o patê de delícias do mar. É uma verdadeira delícia e faz-se num instante. Deixei as delícias picadas de véspera para adiantar apenas acrescentei os restantes ingredientes quando foi para servir. Não houve tempo para tirar a fotografia desapareceu antes que fosse possível preservar a imagem para a posteridade, talvez para a próxima.

Patê de Delícias do mar

Ingredientes
  • 250g delícias do mar
  • Maionese q.b.
  • 3 colheres de sopa Molho de cocktail calvé
  • 2 colheres de chá de Mostarda de Dijon
  • Cebolinho picado

Preparação

Picar as delícias na picadora.
Adicionar os restantes ingredientes e misturar bem. 
A quantidade de maionese depende do gosto de cada um. 
Não esquecer que convém que o patê esteja cremoso.
Servir fresco, pode colocar-se gelo em torno da taça do patê para o manter fresco.
Serve-se com torradinhas minigrill.