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terça-feira, 22 de novembro de 2016

Zeus

Zeus, com 2, 3 e 7 meses

Há seis meses atrás a casa encheu-se novamente de alegria com a chegada do nosso patudo. Nenhum irá substituir o nosso "primogénito", foi o nosso primeiro menino. Mas esta casa desde a partida do nosso peludo que não era a mesma coisa, os miúdos estavam com saudades do imperador Nero e nós para dizer a verdade também desesperávamos.
Pensamos muito no assunto, primeiro era ponto assente que não, acabaram-se os cães cá em casa e depois não conseguimos superar a ausência de um miúdo traquina de quatro patas cá por casa e decidimos que teríamos outro patudo.
Pesquisamos muito, lemos imenso sobre o assunto, não queríamos repetir os mesmos erros do passado.
É muito importante para além de escolher a raça que nos enche as medidas (cá em casa é o labrador) saber se estamos realmente dispostos a aumentar a família, é uma enorme responsabilidade adoptar um cachorro, abdicar de algumas coisas, as idas ao veterinário, a ração adequada, o amor e o carinho, os treinos, os passeios, as férias, as doenças e a velhice. Tudo faz parte, não há rosa sem espinhos e há o seu amor incondicional que nos faz esquecer todas as desvantagens. Como por exemplo ir passeá-lo depois do jantar com chuva e frio ou cair da cama ao fim de semana que o menino precisa de comida e passeio.
O criador é de suma importância, as condições em que os animais crescem dizem muito sobre este e os seus animais. Se têm um ambiente familiar ou vivem em jaulas, se têm espaço para brincadeiras, se as cadelas são cruzadas em todos os cios ou há um cuidado para que elas não tenham demasiadas ninhadas nem procriem por tempo indefinido. Um criador deve ter tempo para conversar com os futuros donos e ser capaz de dizer que não a um cliente que não lhe pareça adequado. Deve conhecer a raça em geral e cada um dos seus animais em particular. É um mundo complexo isto dos criadores e por vezes o preço fala mais alto, mas não devia, garanto por experiência própria que no futuro nos sairá muito caro, financeira mas sobretudo psicologicamente.
Encontramos a Herdade da Pateira e o Adão Lima e pronto a chama reacendeu e o patudo acabado de nascer ganhou de imediato uma nova família. Ainda tivemos que esperar oito longas semanas mas valeu a pena.
E eis que entrou nas nossas vidas o nosso pequeno Deus. Como todos os deuses tem as suas manias, é traquina, muitas vezes uma autêntica besta mas tem um coração do tamanho do mundo. É meigo, feliz e brincalhão, bruto por vezes é verdade, mas com o tempo ele está a aprender a ser mais comedido. Ele é lindo e enche os nossos dias de felicidade.

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