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sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Crónicas da minha Diabetes - Progresso


Aqui estou eu outra vez para dar conta do meu progresso. 

Com o sem número de restrições alimentares que incluí na minha vida os quilos não param de desaparecer. Desde que decidi que a diabetes não ía levar a melhor e que haveria de ser eu a levar a melhor desta situação, já perdi 9 kg.  Fui forçada a mudar de vida e levar a minha saúde a sério e está a valer a pena. 

Eu que dizia que fome não, desenganem-se aqueles que acreditam que podem perder peso sem passar alguma fome, lamento, não podem. Mesmo que se coma de três em três horas as quantidades são consideravelmente menores daí que a fome bate à porta. Custam as primeiras semanas e depois o corpo vai-se habituando a comer menos. 

E é verdade que o facto de a balança acusar menos kilos e a roupa a ficar larga são deveras um incentivo.

Consegui estabilizar o peso e mantê-lo nos últimos três meses o que não é nada mau.

As análises indicam que a glicémia está estabilizada e dentro dos parâmetros considerados saudáveis. Esta é sem dúvida uma grande vitória.

Agora é manter o foco, o que nesta altura é um pouco difícil, e não prevaricar muito. Se tiver que prevaricar é ter o cuidado de comer o docinho depois das principais refeições para não deixar os níveis de açúcar demasiado altos e tudo correrá bem. 

sexta-feira, 17 de junho de 2022

Crónicas da minha diabetes


Após ter entrado no clube dos diabéticos disse eu que iria fazer pela vida e fiz.

A mudança alimentar foi drástica e acreditem que não foi e ainda não é fácil. Li imenso sobre a diabetes e as suas consequências se não mantiver os níveis de açúcar controlados e bateu forte asseguro.

Passaram dois meses e meio desde que fui obrigada a mudar de vida e a melhor coisa disto tudo é que cinco quilos já foram, voltei a vestir roupa que não vestia há anos e sabe bem.

Consultei uma nutricionista na semana passada e apenas tenho que fazer três correcções ao que tenho feito, aumentar a ingestão de água, que não é fácil, dois litros por dia, céus como me custa, não tarda tenho rãs na barriga, retirar o sal da salada e substituir por ervas aromáticas e reduzir a ingestão de frutos secos, que eram a minha alternativa quando estava com aquela fomeca mas temos pena não vai mais ser possível.

E perguntam vocês que alimentação é essa que leva ao controle dos níveis de açúcar no sangue e ainda por cima leva à perda de peso. Preparem-se que não é de todo fácil mas é possível, não mata asseguro e com o tempo ficámos mais saudáveis.

Os doces foram praticamente banidos da minha ementa. Sim praticamente que às vezes prevarico um bocadinho, festa é festa e eu não matei ninguém. Como sempre o doce após o almoço ou o jantar em pequenas quantidades sempre.

As porções de hidartos de carbono, como o arroz ou a massa é de duas colheres de sopa e no caso da batata, duas pequenas. Se sei que vou comer por exemplo um pouco de bolo à sobremesa reduzo a dose.

Proteinas, carne ou peixe, o equivalente à palma da mão. A carne de preferência branca. Mas como um hamburguer de vaca uma vez por semana, no prato, sem pão e sem molhos e algumas batatas fritas e uma mega salada.

Legumes, aqui meus caros é que está o busilis, muitos e muitos e muitos. Os legumes, sejam cozidos ou em salada ajudam a manter os níveis de açúcar controlados.

Fruta sempre depois da refeição e por agora sem restrições, deve no entanto dar-se prefência à fruta da época e moderar nas quantidades.

Como havia dito, mantenho a minha dose de exercício físico, hidroginástica e caminhadas de 30 minutos diárias. 

Assim que possível partilho algumas das receitas saudáveis que tento fazer, para toda a família, coitadinhos são as minhas cobaias, e que eles até que gostam.

quarta-feira, 20 de abril de 2022

O inexorável caminhar do tempo

O meu amor pequenino, o menino da sua mamã está a crescer e tornou-se num Homem. Sim está a tornar-se num Homem com H maiúsculo. Inteligente, de bom coração, amigo do seu amigo, doce, meigo, curioso, perspicaz. Muitos adajectivos para descrever o meu príncipe que fez 18 anos. O tempo passou tão depressa, parece que foi ontem e já estás tão crescido. Enche a mamã de orgulho todos os dias e deixa-me o coração pequenino todos os dias. Sofro com as suas preocupações e fico de coração cheio com as suas conquistas, a sua gargalha, o seu sorriso, o seu abraço.

O tempo não cede aos caprichos de uma mãe que quer os seus bebés sempre pequeninos. Será sempre o meu menino, o meu príncipe, o meu bebé. Estarei sempre aqui para o que der e vier, para enxugar as tuas lágrimas, que se querem poucas ou nenhumas e regozijar-me com a tua felicidade.

São 18 anos de um amor maior, de uma alegria incomensurável em vê-lo crescer e tornar-se na pessoa extraordinária que é. O meu primogénito é um homem para a sociedade e o menino doce para a sua mãe.

Parabéns meu amor.


quarta-feira, 30 de março de 2022

E que nunca nos falte a esperança de dias melhores

E quando tudo parece estar a correr menos bem eis que aparece mais uma pedra, pedra não pedregulho, no caminho. Uma análise de rotina ao sangue ditou-me o veredicto que eu mais temia, índice de glucose elevado, diabetes. Ora bolas. Vou ficar-me apenas por este impropério para mostrar o meu profundo desagrado com esta situação.

Ora estou por esta razão ainda mais limitada nas minhas escolhas alimentares. Mas como não sou menina de desistir ao primeiro contratempo decidi arregaçar as mangas e fazer pela vida, que se eu não o fizer ninguém o faz por mim.

A alimentação há muito que sofreu alterações e há já alguns meses que a ingestão de açúcar foi reduzida drásticamente. Tenho saudades do chocolate ou do bolinho com o café mas é lidar.

Agora é tudo para o saudável e fit. Perguntam vossas mercês e o peso tem diminuido? Era bom era, mas não, para meu infortúnio, mas não aumentou (copo meio cheio!). Agora adicionei a componente "caminhada diária de 30 minutos" à equação mas ainda é cedo para dizer se dará resultados. Espero que sim. 

Na minha busca por refeições ainda mais saudáveis descobri o sem número de possibilidades que o grão de bico pode oferecer. Nós por cá já éramos consumidores desta leguminosa desde cozida ao delicioso rancho, sempre foi apreciada por todos, mais por mim e pelo meu príncipe do que pelos restantes membros.

Eis que descobri uma tarte SEM CARNE ou PEIXE, sim é verdade e foi aprovada por todos sem excepção. A massa da tarte leva grão de bico e o recheio requeijão e espinafres. Combinação perfeita. Lembro que nos pratos vegetarianos temos que abusar um pouco nos temperos, não no sal claro está, mas aventurem-se com a variedade de ervas que existem à disposição.

Vamos ao que interessa que é a receita desta iguaria. Aproveitem.

Tarte de requeijão e espinafres

Ingredientes

Massa

  • 2 chávenas de grão de bico cozido e escorrido
  • 1 c. sopa de manteiga
  • 1 c. sopa de azeite
  • 1 1/2 chávena de farinha (usei farinha de espelta)
  • Sal a gosto
Recheio

  • 2 requeijões (vaca ou cabra ou ovelha ou light) eu usei vaca sabor menos intenso
  • 2 ovos
  • 1 c chá salsa
  • 50g + 50g queijo ralado (usei mozzarella
  • 1 saco de espinafres, aprox 170g
  • Azeite qb para o refogado
  • 1 cebola
  • 2 dentes de alho
  • 2 cogumelos laminados para decorar
Preparação

Massa

Pré aquecer o forno a 200ºC.
No processador de alimentos triturar o grão de bico até formar uma pasta, adicionar a manteiga e o azeite e mexer até formar uma massa macia, se necessário adicionar mais um pouco de azeite. Adicionar o sal e mexer bem.
Forrar uma tarteira com a massa, uma colher ajuda bastante a espalhar a massa na forma. Picar com um garfo e levar ao forno 10 miutos.

Entretanto preparar o recheio.
Num tacho refogar a cebola e o alho ambos cortados em fatias finas. 
Deixar cozer e adicionar as folhas de espinafres. Tapar e deixar cozer um pouco. Retirar do lume e cortar picar grosseiramente. 
Numa taça desfazer o requeijão, adicionar os ovos e mexer bem para homogenizar. Adicionar os espinafres e metade do queijo e misturar bem. Temperar a gosto.

Rechear a tarte, decorar com os cogumelos laminados e levar ao forno aquecido a 220ºC para dourar.

Servir ainda quente.