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terça-feira, 30 de abril de 2013

Leve e fofa

Uma coisa que cá por casa se faz na época dos morangos é mousse dos ditos. É leve, fofa e saborosa e apreciada por todos em particular pelos dois ditos adultos cá de casa. Aproveitei a época de abundância de morangos e o aniversário do filhote, bela desculpa, para preparar a mousse. Estava minham minham.

Mousse de morango


Ingredientes
  • 400g de morangos limpos
  • Sumo de 1 lima
  • 4 claras
  • 200g de açúcar
  • 10g de gelatina em pó sem sabor
  • 70cc de água fria
  • 300ml de natas 35%MG
  • Algumas gotas de corante alimentar vermelho (opcional)
Preparação

Seleccionar alguns morangos para enfeitar e reservar.
Reduzir a puré os restantes morangos, adicionar o sumo de lima e mexer bem.
Bater as natas até estarem firmes.
Misturar a gelatina com a água para hidratar.
Bater as claras em castelo, adicionar o açúcar e bater mais um pouco.
Dissolver a gelatina em banho maria ou no microondas e misturar no puré de morangos.
Adicionar os morangos às natas batidas envolvendo bem.
Por fim envolver as claras em castelo.
Colocar na taça ou taças de servir e levar ao frigorífico de preferência de um dia para o outro. 
Decorar com os morangos reservados.

Curioso

Será que isto é o prenúncio de alguma coisa? Que sirva de alerta.


"Não há mesmo possibilidade de as oposições gizarem programas para o futuro imediato, salvo o que nós próprios temos definido já."
1. Pedro Passos Coelho
2. Aníbal Cavaco Silva
3. António Oliveira Salazar »

segunda-feira, 29 de abril de 2013

O que já conseguimos

Convém relembrar o que conseguimos em 39 anos de democracia e que nos tentam tirar descaradamente. 

«O terceiro D do 25 de Abril

Quando, há 39 anos, um conjunto de oficiais de baixa patente, apenas munido dos mais rudimentares conceitos ideológicos e sem qualquer experiência política, derrubou um regime que já mal se aguentava de pé, prometeu, num programa genérico, três coisas: descolonizar, democratizar e desenvolver Portugal.

Pior ou melhor, a descolonização tardia foi feita. A democracia, depois de um período conturbado mas pacífico quando comparado com outras revoluções, foi aceite por todos. E o desenvolvimento, a mais difícil das três tarefa, superou as melhores expectativas.   
Em menos de meio século, Portugal deu um salto assombroso. Um país atrasado, isolado, miserável e semianalfabeto chegou rapidamente ao restrito clube do primeiro mundo. Pobre entre os ricos, é verdade. Mas em tudo um contraste com o seu passado.

O saneamento básico e a eletricidade chegaram a todo o território. Foram construídas infraestruturas. A segurança social foi generalizada. Acabou-se com trabalho infantil. As barracas foram praticamente erradicadas. A pobreza e a desigualdade, que subsistem, não são comparáveis à miséria em que vivia grande parte da população. Passámos de um País de emigrantes para um País de imigrantes. Nasceu um Serviço Nacional de Saúde gratuito e universal. Os nossos indicadores de mortalidade infantil passaram dos piores para os melhores da Europa. O analfabetismo é hoje marginal e a nova Escola Pública formou a geração mais bem preparada, culta e instruída que Portugal conheceu em toda a sua história. Quem desmerece o que conseguimos nestas quatro décadas comete a pior das injustiças: a ingratidão consigo próprio. Em 40 anos fizemos o que a maioria das nações europeias levaram mais de um século a construir.

Os três d's não eram três partes de um programa. Eram todos a mesma coisa. Não seria possível desenvolver Portugal e ter um Estado Democrático se teimássemos na guerra colonial. Num país tão atrasado e desigual, o desenvolvimento só foi possível porque os portugueses o exigiram no uso da sua liberdade. E a construção da democracia, numa nação que nunca a conhecera realmente, só prevaleceu porque trouxe bem estar. E o Estado Social foi o mais poderoso motor desta democratização tardia.
(...)
Nenhuma democracia sobrevive à destruição da classe média e ao empobrecimento geral da população. Nem à completa instabilidade social, imprevisibilidade pessoal e insegurança laboral. Nenhuma democracia sobrevive sem a confiança dos cidadãos no Estado e essa confiança depende, pelo menos em Portugal, do Serviço Nacional de Saúde, da Segurança Social e da Escola Pública. (...)

Quando se diz que os valores do 25 de Abril estão em perigo constata-se uma evidência: se o nosso caminho é empobrecer, temos de nos preparar para viver sem liberdade. Porque uma nação é como uma cidade: se à nossa volta só houver a miséria e o caos, até os mais ricos estão condenados a viver cercados por muros.»
Daniel Oliveira, aqui

domingo, 28 de abril de 2013

O Bolo

Já aqui tinha falado que o meu pequeno príncipe fez anos, e como é habitual cá por casa, é esta mãe que faz os bolos de aniversário. Este ano, como também já referi, o tema era Robin Hood e naturalmente que o bolo teria que ser alusivo ao tema. O pequeno arqueiro disse que queria um pão de ló com cobertura de chocolate, e eu esfreguei as mãos de contente por não haver solicitações mais complicadas. E assim foi, desta vez fiz a vontade ao rebento e fiz o que me pediu. Este foi o resultado.



Pão de Ló

Ingredientes
  • 12 ovos
  • 500g açúcar
  • 170g de farinha branca de neve rótulo vermelho
  • sumo de meio limão
  • 1 c chá de sal

Preparação

Pré aquecer o forno a 170ºC.
Untar com manteiga e polvilhar com farinha a forma que pode ser rectangular ou uma forma de pão de ló.
Separar as gemas das claras.
Adicionar o sal às claras e bater em castelo bem firme.
Bater as gemas com o açúcar até obter um creme fofo.
Adicionar a farinha com fermento peneirada, o sumo de limão e mexer.
Por fim envolver as claras em castelo.
Verter na forma e levar ao forno. Não abrir o forno até que na superfície comecem a abrir rachas caso contrário irá abater. Fazer o teste do palito para verificar a cozedura. Deixar arrefecer uns 10 minutos na forma antes de desenformar.

Creme de chocolate

Ingredientes

  • 1 pacote de natas para bater light
  • 200g de chocolate culinária 
  • 1 colher de sopa de manteiga
Preparação

Bater as natas até ficarem firmes. Estas natas devem ser colocadas no congelador 15 a 20 minutos antes de serem batidas.
Colocar num tacho o chocolate com a manteiga e derreter lentamente mexendo de vez em quando.
Deixar o chocolate arrefecer um pouco antes de incorporar nas natas. Guardar o recheio no frigorífico de um dia para o outro para ficar mais firme. Está pronto a usar.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Afinal ...


Mais uma crónica do Daniel Oliveira que chama a atenção para o atentado que Nuno Crato, Ministro da Educação pretende cometer. 

O barato sai caro

A generalização das atividades de enriquecimento curricular foi das melhores medidas do governo anterior. Uma das poucas que me mereceu um elogio sem reticências a uma ministra por quem nunca morri de amores: Maria de Lurdes Rodrigues. Com ele, o horário completo nas escolas públicas passou a ser finalmente possível. Tratou-se de uma revolução na vida das famílias.

Para a classe média, teve efeitos evidentes. Uma das mais poderosas razões para fugir para o ensino privado desapareceu, criando assim condições para uma escola pública interclassista e, por essa via, de qualidade. O que a classe média poupou - seja no pagamento das mensalidades das escolas privadas, seja no pagamento de ATL e de atividades extraescolares, foi muito mais do que o Estado gastou. Ou seja, o rendimento disponível que esta medida garantiu foi maior do que o dinheiro dos impostos que foi gasto. No deve e haver, ficámos todos a ganhar: mais dinheiro para economia.

Para os mais pobres a mudança foi ainda mais radical. É a diferença entre tercrianças sozinhas a ver televisão ou na rua e ter crianças a crescer e a aprender. É que, ao contrário do que Nuno Crato pensa, o ensino não se resume a aprender a ler e contar. É, para os que fazem contas à vida, a diferença entre se sentir que se têm condições para ter mais filhos e perceber-se que isso é uma impossibilidade prática. Para um País que tem na sua crise demográficaum grave problema social, económico e até de sustentabilidade da sua segurança social, é uma diferença poderosa.

O governo está a pôr a possibilidade de, para poupar 100 milhões de euros, exigir a comparticipação em 50% das atividades de enriquecimento curricular no 1º ciclo. Com a atual crise, esse pagamento será virtualmente impossível para a maioria dos pais, sejam pobres, sejam de classe média.

Para quem o pagar, é um novo imposto. Sim, repito o que já escrevi várias vezes: pagar serviços públicos tem o mesmo efeito de um imposto, com a diferença de não ser, ao contrário do IRS, progressivo. E isso significa menos dinheiro para o mercado interno. E mais crise.

Para os que não possam mesmo pagar, isto significa uma ginástica dificílima, que deixará os filhos sem qualquer acompanhamento durante uma parte razoável do dia. Sobram os avós (quando existem), que, com os cortes nas reformas, têm cada vez menos capacidade de cumprirem o papel que lhes tem sido reservado: a verdadeira segurança social familiar deste país.

Para os que pensem ter filhos e não tenham folga financeira (quase metade dos jovens está desempregada), isto é mais um argumento para adiar a decisão, aumentando ainda mais um insustentável desequilíbrio demográfico com efeitos devastadores na economia e nas contas públicas.
Aqui está um exemplo de uma medida de contabilidade estúpida que parece ser um corte e é uma despesa. Que parece equilibrar as contas públicas mas as desequilibra. Que parece libertar dinheiro para a economia mas retira dinheiro à economia. E que é socialmente injusta, reduzindo a igualdade de oportunidades num dos mais desiguais países da Europa. Para quem tem "bom berço", teatro, desenho, desporto e jogos. Para quem nasceu pobre, televisão e rua.

Um pouco de história de Portugal

Antes do 25 de Abril de 1974 não havia liberdade nem democracia. Vivia-se num regime ditatorial, sem liberdade de expressão onde o povo era subjugado pela polícia política (PIDE). A Constituição não garantia o direito dos cidadãos à educação, à saúde, ao trabalho, à habitação.
A censura, a PIDE, a Legião e a Mocidade Portuguesas são alguns dos exemplos do que os cidadãos tinham de enfrentar no seu dia a dia. Por outro lado, a pobreza, a fome e a falta de oportunidades para um futuro melhor, frutos do isolamento a que o país estava votado há décadas, provocaram um fluxo de emigração que agravava, cada vez mais, as fracas condições da economia nacional.
Começou por ser um golpe militar iniciado pelo (MFA) “Movimento das Forças Armadas”, dirigido por Homens como: Otelo Saraiva de Carvalho, Salgueiro Maia, Melo Antunes, entre outros, e que, aboliu o “Estado Novo” mas depressa se transformou numa revolução popular dando origem a uma imensa onda de esperança e alegria que contagiou Portugal de norte a sul.
As primeiras eleições livres, após 50 anos de repressão, foram realizadas em 1975 e elegeram a Assembleia Constituinte que elaborou a nova constituição, aprovada em 1976 pela maioria dos deputados.
O passo mais importante para a população em geral foi sem dúvida a Constituição – a Lei Fundamental. É ela o suporte de todo o funcionamento democrático.
É pela manutenção da constituição que devemos lutar, pelos valores de Abril.

terça-feira, 23 de abril de 2013

A caça

Para além do torneio de arqueiros, planeamos também uma outra actividade com as crianças. Tenho a sorte de morar numa vila pequena e perto de casa existe para além de campos agrícolas uma zona de caça com mata. A mata pode ser um excelente local para uma actividade e nós resolvemos fazer um misto de caça ao tesouro e peddy paper. Claro está que tivemos que fazer algum trabalho prévio, reconhecimento do terreno, elaboração do mapa e respectivas instruções. Mas posso confirmar que foi divertido de fazer e mais ainda, foi divertido participar. Os postos das adivinhas funcionavam como postos de controlo. Naturalmente que contamos com a participação de alguns amigos adultos nos postos de controlo e como guias das equipas. Foi um fartote de riso, muita correria e diversão.
Deixo o meu mapa para servir como exemplo e inspiração.


segunda-feira, 22 de abril de 2013

Torneio de arqueiros

Uma das coisas que mais gosto na preparação das festa de aniversário dos miúdos são as actividades. Este ano como o tema foi Robin Hood, resolvemos fazer uma caça ao tesouro e um concurso de tiro com arco.
Para o tiro com arco, compramos na Decathlon, e passo a publicidade, um alvo móvel com arco e flechas de ventosa, próprio para pequenos arqueiros. Tivemos sorte porque esteve em promoção há coisa de duas ou três semanas.

Fez um verdadeiro sucesso tanto com as meninas como com os meninos.
A pontaria parecia estar descalibrada no início mas com o tempo foi melhorando e tivemos uma luta renhida entre as equipas participantes.
As equipas foram mistas, tiradas à sorte, três bolas pequenas de cor diferente dentro de um saco, caneta e papel e foi distribuir a criançada. Correu bastante bem. Temos arqueiros.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

O meu Príncipe

Há nove anos o meu menino apressado, o meu amor pequenino quis conhecer o mundo mais cedo. Veio ao mundo numa típica manhã de Abril, fresca e com aguaceiros, com o sol a espreitar por entre as nuvens como a dizer-te – Bem vindo M. A mamã e o papá, embevecidos com tamanha formosura, sim porque o nosso menino era simplesmente lindo, o bebé mais lindo, querido e amoroso que alguma vez vira na face da terra. Aqueles teus grandes olhos azuis a olharem-me curiosos, o teu cheiro, o calor da tua pele, tudo em ti era, é e será sempre maravilhoso. Foi há precisamente nove anos que a vida tal qual a conhecia deixou de existir, e uma etapa muito melhor, mais rica, mais alegre, mais feliz, mas também mais cheia de preocupações começou. Era o início de uma nova era para a nossa família, já éramos três.
Fui descobrindo-te a cada instante, a conhecer o teu cheiro, o teu choro a ouvir deliciada o barulhinho que fazias quando estavas a dormir e que às vezes ainda fazes. Adoro quando vens para a minha cama sorrateiro e te enroscas, é tão bom. Ou quando me pedes para ficar contigo só um bocadinho até adormeceres, e eu ali estou com vontade que o tempo pare para poder aproveitar sem ter que pensar nas inúmeras coisas que tenho que fazer antes de me ir deitar também.
Estes nove anos galopantes em que crescestes e te fostes tornando mais independente foram absolutamente fantásticos, ser a tua mamã é maravilhoso, extraordinário, não trocava por nada, mesmo quando me tiras do sério e deixas a minha tensão a mil, és e serás sempre o meu menino muito amado. Parabéns pequenino.

Mea culpa

Tenho que dar a mão à palmatória. O Sr Padre até que tem sido muito comedido no tempo que usa para ensaios. Uma hora apenas, não é mau, às sete da tarde já estamos despachadinhos. Sim é verdade, assumo que me fartei de tanto reclamar, mas continuo a achar que as musiquinhas podiam ser ensaiadas na catequese.
As letras dos cânticos são um bocadito para o fatelinhas, na minha opinião, mas quando aqueles oitenta meninos e meninas as entoam, parecem muito melhor. Vozes doces aquelas.
Hoje é o último ensaio da semana, aleeeeeluiiiiiiaaaaaaaaaaa. 

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Não percebo

Ensaios para a Primeira Comunhão? Poupem-me. Os putos só vão fazer a Primeira Comunhão, ainda por cima não fazem a menor ideia do que estão a fazer, o seu significado e o porquê (isso só mostra que o MEC tem que meter a colher nestes conteúdos programáticos). Ensinar os putos a entrar na igreja, devia ser feito na catequese, ensinar a ajoelhar, os cânticos, friso, na catequese. 
Não posso deixar de mencionar um pormenor de que ontem me apercebi, quem escreveu as letras dos cânticos era um "artista" de mão cheia, no mínimo! Não que eu tivesse feito melhor, de todo, letras de músicas não é comigo, isso e rimas em geral, não fui bafejada com esse dom, aliás dons não fazem parte do meu curriculum. Mas não há paciência para aquela confusão toda. 
Depois claro está, temos que ouvir aquilo que nós já dissemos muitos anos antes, - A catequese é uma seca. E eu sei que ele tem razão é uma verdadeira seca. Tenho dito. Precisava de desabafar. Pronto já me sinto um pouco melhor.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Todos vêm o óbvio

Parece ser óbvio que a dita cura para o país, a austeridade, está a matá-lo em vez de o curar. Ficam aqui alguns excertos que me parecem elucidativos de que somos realmente governados por loucos. E pior, parece que não sabem que são doidos varridos, ou sabem e estão a adorar ver o país implodir.

«Há mais de dois anos, os líderes europeus têm forçado os países em dificuldades, como Portugal, Espanha e Itália, a aceitar um cocktail de austeridade fiscal e reformas estruturais, prometendo que este será o tónico certo para curar os seus males económicos e financeiros. Mas as evidências mostram que esta medicina amarga está a matar o paciente. (...) Era claro, desde o início, que a austeridade económica (cortes na despesa pública e no Estado Social) e as reformas estruturais (flexibilização das leis laborais e privatização das empresas públicas) não poderiam ser concretizadas em simultâneo num contexto de profunda depressão. E essa realidade dolorosa está em curso, sem fim à vista. (...) Os líderes europeus vão ter muita dificuldade em admitir que a sua escolha foi errada. Mas deveriam perceber que prosseguir na estratégia actual significa minar a confiança no euro e no próprio projecto europeu. E se eles deixam que essas dinâmicas se tornem ainda mais fortes, será bem pior para todo o continente, e não apenas para os portugueses ou os italianos.»

The New York Times, O Remédio amargo da Europa, Editorial de 14 de Abril de 2013

«Desde que Portugal pediu um resgate financeiro, exactamente há dois anos atrás, o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho tem sido um dos mais acérrimos europeus defensores da fé em que a austeridade vai gerar crescimento - e de forma relativamente rápida. Depois de ganhar as eleições, em Junho de 2011, disse que um "rigoroso programa de austeridade e de reformas estruturais" se traduziria em "dois anos terríveis", de profunda recessão e desemprego, mas que poriam o país a crescer e a recuperar a confiança dos investidores internacionais. A sua previsão de dois anos de sofrimento foi absolutamente certeira. Mas em vez da prometida recuperação, os portugueses confrontam-se hoje com uma recessão muito mais profunda e prolongada do que aquela que o governo e os credores internacionais tinham previsto. O doloroso Programa de Ajustamento português nem sequer permitiu atingir o objectivo da consolidação orçamental, que Passos Coelho estabeleceu como pré-condição para o "crescimento sustentável, a competitividade e a criação de emprego". O défice orçamental passou de 4,4% do PIB em 2011 para 6,4% no ano passado.»


«Este estado de guerra está a dizimar as populações do Sul - a taxa de desemprego em Portugal é histórica e na Grécia ainda vai chegar aos 30% - e essa guerra está a ser vencida pelo Norte, com a cumplicidade de uma “quinta coluna” robusta em países como Portugal. Aqui, Vítor Gaspar é o líder dessa quinta coluna incapaz de colocar os interesses nacionais - não implodir o país através do aumento do desemprego, por exemplo - à frente dos interesses dominantes na troika e no Norte. Essa quinta coluna não só partilha a teologia da austeridade com mais fanatismo do que os seus Papas como tem uma ideologia de classe evidente - enquanto o accionista Estado se abstém na atribuição dos prémios milionários aos gestores da EDP, prepara-se para cortar nos mais fracos, os doentes e os desempregados. Há uma destruição (...) em curso - provocada por um governo obediente, venerador e obrigado a políticas europeias devastadoras, mas dificilmente reversíveis. Acreditar numa mudança radical na Europa - onde Hollande se passeia a fazer figuras tristes - já começa a ser equivalente a acreditar nos amanhãs que cantam.»

Ensaios e mais ensaios

Já estou a alucinar, a panicar e a desesperar com a perspectiva de ter que aguentar mais logo ao fim do dia, os so called ensaios para a Primeira Comunhão. Admirem-se que depois desta esfrega, nem os miúdos nem os pais, neste caso esta mãe, querem mais saber de catequese. Pois é, quis pôr o puto na catequese e ainda por cima convenci-o a fazer a Primeira Comunhão, pois agora aguento. Que me sirva de lição. Eu e as minhas manias. O pior é que como não posso nem devo ter dois pesos e duas medidas, a pobre da princesa também irá para a catequese, e vai começar tuuuuuuuuuuudo de novo. Uau, mal posso esperar. Estou quase em êxtase, not.

Por um e por todos

Pelo Rodrigo, pelos Rodrigos deste país e pelos pais destes que esperam e desesperam por um milagre, por todos, porque não custa nada e podemos fazer a diferença. Eu já sou dadora e tu porque esperas?
A Polo escreve este texto a apelar à solidariedade de cada um. Podia ser eu com um dos meus amores pequeninos. Não posso nem quero imaginar, dói demais. Partilho e apelo à bondade de todos.
Vá lá, por amor aos vossos, ao Rodrigo, aos Rodrigos deste país que esperam pela oportunidade de viver. VIVER e ser FELIZ, é o que todos queremos.

«O Rodrigo que podia ser a Ana. A minha Ana. 


Imaginem que a rapariga da fotografia sou eu. Podia ser. Não tenho sardas e não sou tão nova mas, tal como ela, sou mãe. Imaginem que estava sozinha, que mámen tinha morrido, que era viúva como a Vanessa, a rapariga do retrato. 
E imaginem que este rapazinho era uma menina, que o Rodrigo era a Ana. A Ana que vocês souberam que viria num dia de Inverno, música de Sérgio Godinho, num pedido que espalhassem a notícia da alegria que mal me cabia no coração. 
Imaginem que era diagnosticado à Ana um cancro com pouco mais de dois anos de vida. A mesma Ana, cujas histórias de gravidez  vocês acompanharam a par e passo, para quem enviaram pensamentos positivos a cada sobressalto, por quem, genuinamente, ficaram felizes quando chegou a este Mundo, tornando-se sobrinha quadripolar de todos vós. 
Imaginem que a Ana estava a morrer. E que eu deixava de escrever, deixava de ser alegre, de ter bom humor e passava a viver um pesadelo. Que tentava com todas as minhas forças salvar a minha filha, aquela cujos olhos azuis já vos descrevi, os que me enchem a alma e os dias de um amor que transborda do peito. Imaginem, mais uma vez, eu sozinha, sem mámen, exausta, com a única responsabilidade de lutar para que a Ana sobrevivesse. Sem garantias mas com o dever de qualquer mãe: de a proteger, se fosse preciso, com a minha própria vida. 
Imaginem que no final de tratamentos violentíssimos o corpo da Ana não reagia e que se constatava que tinha 90% das células infectadas. Imaginem que a Ana estava a morrer e eu precisava de vocês, de ti e de ti, da tua família, dos teus amigos, de todos. 
Que eu precisava de ideias para ir procurar ajuda, de moradas de hospitais, médicos, de contactos, de ajuda monetária, de convencer toda a gente que estivesse ao meu alcance a doar medula, numa esperança, ínfima que fosse, de enganar o tempo e travar a puta da doença. 
Imaginem que eu tirava este retrato: da minha filha cansada, doente, desanimada comigo a segurar-lhe o rostinho, pequenino, desesperada, sem ânimo, energia ou força mas com a única ideia de salvar a minha filha. 
Imaginem que eu não estava a escrever este texto com lágrimas nos olhos, com as mãos a fazerem figas e a bater na madeira, em jeito de superstição e imaginem que tudo isto era real para mim e para a Ana.
Imaginem que podiam fazer algo por nós. Faziam-no?
Vamos fazer pelo Rodrigo? Antes que o tempo acabe?


Contribuam monetariamente para se juntar dinheiro para se poder, se for preciso, partir com o Rodrigo para o fim do Mundo, que seja, para o curar.

Titular: Cátia Vanessa Zeferino Patusco
NIB: 5200 5201 0010 3209 0016.4
IBAN PT50. 5200 5201 0010 3209 00164
SWIFT CDOTPTP1XXX

Acedam à página do facebook da causa e inscrevam-se como possíveis dadores de medula

terça-feira, 16 de abril de 2013

“Que Vítor Gaspar não tem bom perder já se sabe, que tem reduzidos escrúpulos é evidente”

Não posso deixar de partilhar este desabafo sentido e partilhado por muitos Portugueses.

José Vítor Malheiros, A academia subserviente, obediente, medrosa e reaccionária[hoje no Público]:

‘O reitor da Universidade de Lisboa, António Sampaio da Nóvoa, num comunicado publicado no site da reitoria, reagiu ao despacho de Vítor Gaspar em que este congelou a actividade do Estado como retaliação contra o chumbo pelo Tribunal Constitucional das medidas inconstitucionais contidas no Orçamento do Estado para 2013. Que Vítor Gaspar não tem bom perder já se sabe, que tem reduzidos escrúpulos é evidente, que considera que o Estado deve ser mínimo e apenas deve funcionar quando é necessário extorquir dinheiro aos contribuintes para pagar aos especuladores financeiros sabemo-lo bem de mais. Que fosse capaz de levar a suavendetta contra os portugueses tão longe apenas para mostrar o seu poder e a extensão da sua raiva, não se sabia. Ficou a saber-se agora.

Simplesmente delicioso

Andava faz tempo para experimentar esta receita de bolo de limão só precisava de uma boa desculpa, e não é que arranjei!
Marido querido completou mais uma primavera e para comemorar fiz o dito bolo. Para lhe dar um ar mais festivo barrei-o com  uma espécie de creme de pasteleiro e polvilhei com pepitas azuis. Simples mas ficou uma delícia.

Bolo de limão

Ingredientes
  • 200g farinha T55
  • 85g farinha T65
  • 5g fermento
  • 1 pitada de sal
  • 150g manteiga sem sal amolecida
  • 250g açúcar
  • 2 ovos
  • 160g de iogurte natural
  • Raspa e sumo de um limão

Preparação

Pré aquecer o forno a 180ºC.
Untar com manteiga e polvilhar com farinha uma forma com 22cm de diâmetro.
Peneirar as farinhas, o sal e o fermento para uma taça e reservar.
Bater a manteiga com o açúcar até que esteja cremosa e esbranquiçada.
Juntar os ovos um a um batendo entre cada adição.
Adicionar a farinha alternada com o iogurte em três vezes, batendo bem. Iniciar e terminar com a farinha.
Juntar o sumo e a raspa de limão e bater até que esteja uma massa homogénea.
Verter a massa na forma e levar ao for 50 a 60 minutos, ou até que o palito saia seco.
Retirar do forno e deixar arrefecer dentro da forma 10 minutos antes de desenformar sobre a rede.
Polvilhar com açúcar em pó ou outra cobertura a gosto.

Creme de pasteleiro

Ingredientes
  • 300ml de leite
  • 200ml de natas
  • 100g de açúcar
  • 2 gemas
  • 80g de amido de milho
  • 1 c. chá extracto de baunilha

Preparação

Numa taça misturar o açúcar e o amido de milho.
Juntar as gemas, a baunilha e o leite suficiente para dissolver a mistura.
Numa panela, misturar o restante leite  e as natas num tacho e levar ao lume a ferver. Verter sobre o preparado de açúcar e adicionar as gemas em fio, misturando bem.
Levar ao lume sem parar de mexer, deixando ferver até engrossar.
Retirar do lume, verter o creme sobre um tabuleiro, tapar com película aderente, para que não fique ar entre o creme e a película, e refrigerar.