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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

A gota de água

Os infantários de hoje querem que os pais participem o mais possível da vida "académica" dos seus rebentos. Concordo. O complicado é que apesar das sugestões serem boas, e são, na minha mente são fantásticas, por vezes elas tornam-se menos exequíveis. Talvez por falta de jeito da minha parte, ou porque não me satisfaço com uma coisita mais ou menos, quero sempre mais e melhor, o que por vezes pode dificultar as coisas e em muito e quando a minha imaginação está à solta o desvario é absoluto.
A princesa precisava de levar para a escola uma história e uma almofada alusiva à mesma, se possível. Histórias não é o meu forte. A inspiração andava pelas ruas da amargura, a veia poética tinha rebentado e a escritora que era suposto haver em mim há muito que sofria de uma doença degenerativa. Isto estava difícil. Até que se fez luz, eureka pensei eu. E se usá-se uma história não muito conhecida por aqui, com uma  componente didáctica e uma almofada supostamente, isto cá na minha imaginação, fácil de fazer. Mais depressa pensei, melhor o fiz, ou pelo menos tentei. 
A história, sobre o ciclo da água estava em inglês mas traduzi-la foi a parte mais fácil. O mais complicado foi a almofada. A ideia era uma gota de água, so far so good, fazê-la é que foi o cabo dos trabalhos. Primeiro foi arranjar o tecido, que tinha obrigatoriamente que ser azul claro, foi como eu a imaginei e tinha que ser. Depois imaginar como fazer, pintar e finalmente juntar tudo e ver se dá alguma coisa.
Eis que ontem, e já não era sem tempo, dei o trabalho por concluído. E não é que ficou uma beleza. Foi a terceira pintura em tecido que fiz, das outras falarei numa outra altura.
Esta fez sucesso lá na sala da pipoca, em particular os brilhos que lhe coloquei nos olhos e nas rosetas, foi a loucura total. Agora já só falta baptizar a gota para poder enviar a história e está feito.

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