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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Até onde irá esta insanidade?

Eu devia deixar de ouvir notícias. E há dias que quase consigo, ou porque me atrasei com o jantar ou porque houve treino de futebol, etc, etc, etc. Ontem quase que conseguia. Mas liguei a televisão no momento em que estava a dar uma notícia que me deixou atónita, sem fala, sem reacção, completamente KO. 
Não é que aquele ser magnânime de nome Vitor Gaspar, teve o desplante de dizer que a partir de ontem todas as despesas teriam que ser previamente aprovadas por ele. Ele terá a noção do que acabou de dizer?
António Nóvoa, Reitor da Universidade de Lisboa, deixou três exemplos que exemplificam a consequência desta medida: «ficamos impedidos de comprar produtos correntes para os nossos laboratórios, de adquirir bens alimentares para as nossas cantinas ou de comprar papel para os diplomas dos nossos alunos». Conseguem extrapolar isto vezes n, escolas, centros de saúde, repartições públicas, and so on and so on?

«A decisão do ministro é de tal forma insensata e perigosa, e é de tal forma evidente que se trata de uma manobra política para criar o pânico no País e assim impor a sua vontade, que se exige uma imediata intervenção do Presidente da República para repor a normalidade. (...)
Desta vez, Vítor Gaspar e Passos Coelho ultrapassaram todas as marcas. Se não houver uma intervenção de Cavaco Silva quer dizer que deixámos de viver num Estado Democrático e estamos sujeitos a todas as arbitrariedades que a inacreditável birra do governo nos quiser impor. (...) Quem é incapaz de aceitar uma decisão de um tribunal e usa o poder de Estado para se vingar do País não pode continuar a ocupar cargos governativos., daqui. »

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